Nunca se falou tanto em saúde mental como em 2019. Os números de casos com depressão e transtornos de ansiedade está cada vez maior.
Os dados da OMS (Organização Mundial da Sáude) mostram que 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. A maior taxa da América Latina e a segunda maior das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Em segundo, aparece a ansiedade que afeta 9,3% dos brasileiros e faz com que o Brasil ocupe o primeiro lugar na lista de países mais ansiosos do mundo. Os transtornos incluem fobia, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático e ataques de pânico.
O suicídio é a terceira principal causa externa de mortes no Brasil. Em relação ao ano anterior, o aumento foi de 16,8%.
Em um estudo divulgado este ano, uma parceria entre a Faculdade de Medicina da Universidade de Boston e da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, ambas nos Estados Unidos, pesquisadores descobriram que pessoas que levam a vida com otimismo e positividade têm mais chance de alcançar a ‘’longevidade excepcional’’ – o que significa ultrapassar os 85 anos – em média, 15% a mais do que os pessimistas.
A genética até explica porque algumas pessoas têm tendência maior do que outras a ver sempre o copo meio cheio, o que teria a ver com a presença de genes específicos no DNA.
Os especialistas concordam que ser ou não otimista é mais uma questão de se comprometer com a própria felicidade.
Por exemplo, pessoas positivas tendem a se cuidar mais, comer melhor, praticar atividade física, fumar menos – o que se reflete em menos estresse e doenças. Também há a consciência de que é preciso tomar as rédeas da vida e mudar aquilo que não está bom.
“Não adianta simplesmente mentalizar ou repetir que tudo vai dar certo. É preciso identificar os obstáculos, avaliar seus recursos e partir para a ação”, fala a psicóloga Marina Vasconcellos, de São Paulo.
E nunca é tarde para isso. “Pode ser mais difícil mudar na maturidade, afinal nos acostumamos a pensar e agir de determinadas formas e ficamos mais resistentes. Mas sempre é tempo de adotar novas atitudes”, diz.
É possível treinar o cérebro para ser mais positivo e feliz.
Atitudes para colar em prática no dia a dia:
“Descobrimos que pessoas com boas conexões sociais são mais saudáveis e vivem mais, enquanto a solidão e os relacionamentos tóxicos encurtam o tempo e a qualidade de vida”, diz o psiquiatra Robert.
FONTE: Revista Vogue.Globo