Os
5 tipos de pai que você não quer ser quando crescer
1.
O pai-babá.
Você
já viu uma mulher falando que vai ficar "de babá" dos próprios
filhos? Seria estranho né? E por que parece tão normal quando um pai fala a
mesma coisa? Eles até brincam, dando risada. "Hoje não vou beber porque
estou de babá." Cuidar dos próprios filhos é uma atividade temporária para
o pai-babá e talvez eles até cobrem uma recompensa da mãe das crianças pelo
"serviço prestado". Quando um pai se auto-declara "babá"
parece estar assumindo uma função subalterna, extraordinária, um "bico".
Ouvindo um pai falar assim, a impressão que se tem é que a responsabilidade e o
trabalho de cuidar das crianças é apenas da mãe, e que naquele momento ele pode
se dispor a ser a "babá". Quando a mãe voltar, ele volta a ser o que
quer que ele seja, vascaíno, flamenguista, advogado, programador, ... mas babá,
não. A mãe que cuide das crianças, ele tem coisa mais importante pra
fazer.
2.
O pai quando dá.
Uma
colega minha, Camila Fernandes, também ativista do FemMaterna, escreveu o
artigo mais visitado do nosso site: "Pai quando dá". O pai quando dá
é aquele pai que só vai estar presente na vida dos filhos quando sobrar tempo,
quando sobrar dinheiro, quando todo o resto da vida dele estiver resolvida. Ele
pode estar morando com a esposa e os filhos, mas não pode ajudar na lição de
casa, "não dá agora, porque o papai..." Ou então ele se separou, mas
não "dá" pra separar o dinheiro da pensão no começo do mês e:
"Quando 'der' eu arrumo uma grana". Se a mãe das crianças tiver uma
emergência, tem que rezar para o dia da febre ou do machucado do filho
coincidirem com um dia em que "dá" para o pai despender algum tempo
para ajudar na logística hospital-farmácia-casa.
3.
O pai de facebook.
Todo
os amigos do cara acham que ele é o pai perfeito. Muita foto no facebook com a
cria, muita brincadeira, muitos sorrisos, muitos presentes, muitos posts
falando como ser pai é importante e como ele ama a criança mais do que tudo...
mas do lado de cá da selfie, a história é outra. Não vê a criança com
frequencia, a pensão atrasa, não aparece no dia combinado, não ajuda com as
despesas extras, como uniforme ou material escolar, não avisa quando vai viajar
e não vai poder ficar com a criança no dia dele...
4.
O pai-irmão
Esse
é o sonho de todo filho, o pai que tá aí pro que der e vier. Principalmente se
o que der e vier é sorvete quando tá gripado, ficar acordado até mais tarde
quando tem aula cedo, comer salgadinho fora de hora, deixar a roupa suja
espalhada pela casa, comer iogurte jogando videogame e o próprio pai dizer:
"Ops! Mamãe, caiu iogurte no sofá!" O pai-irmão compra cerveja para
beber junto com o filho adolescente, empresta o carro para o filho menor de
idade dirigir e "pegar a mulherada". É uma criança grande que vê o
filho como um parceiro de diversão e não como uma responsabilidade. É como se a
mãe tivesse que cuidar de um filho a mais. Confesso que, nos meus dias
mais cansada, eu sou um pouco assim, uma mãe-irmã. O problema não é ser leve às
vezes, mas nunca assumir a responsabilidade pela própria bagunça.
5.
O pai agressivo
Tem
pai com quem não se pode conversar. As coisas se resolvem no grito, na
autoridade, na agressão. A criança precisa obedecer porque sim. Os pais
agressivos não ensinam, não escutam, não querem saber, só querem obediência
silenciosa. É o pai de quem os filhos querem se livrar o mais rápido possível,
assim que puderem. Crianças fugindo de casa, adolescentes engravidando para
poder casar. Infelizmente, nem todo pai ruim pode ser motivo de piada. Alguns
só causam lágrimas e dor. E os filhos vão lembrar deles a vida toda, não com
carinho, mas com medo.